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Dor de Cabeça

Cefaleia e dor de cabeça é a mesma coisa?

        Sim, os termos são sinônimos. Cefaleia é o termo médico utilizado para a denominação de dor de cabeça.

Crianças podem ter cefaleia?

        Crianças também podem sofrer com cefaleia, assim como os adultos, sem ser sintoma de alguma outra doença oculta, nem de gravidade. Essa é uma queixa muito frequente em pronto-socorros e ambulatórios de pediatria.
        Há relato de queixas em crianças bem pequenas, já no 1º ano de vida, com aumento progressivo da frequência em crianças maiores e adolescentes.
        Quando aguda e não recorrente, pode ser um sintoma que acompanha outras doenças, como infecções comuns (virais ou bacterianas), ou mesmo por uso de medicamentos.
        Atualmente existem listados na medicina mais de 100 tipos de cefaleia. Elas possuem a características de serem primárias (sem causa definida) ou secundárias (com causa definida, como sinusites, aneurismas, hipertensão intracraniana, por exemplo).
        As crianças que sofrem das formas crônicas e recorrentes podem ter a sua qualidade de vida e o rendimento escolar bastante comprometidos, sendo importante procurar um especialista nesta situação.
        Os tipos de cefaleia primárias na infância mais comuns são: migrânea (conhecida como enxaqueca) e a cefaleia tensional.

Sobre a enxaqueca na infância

        A migrânea (enxaqueca) pode ocorrer com a associação de fenômenos neurológicos transitórios: formigamentos em regiões do corpo (parestesias) e visão de luzes cintilantes (escotomas). Esta é a forma conhecida como migrânea com aura.
        Existem inúmeras hipóteses científicas para explicar as causas da migrânea, mas sem consenso na literatura médica. São identificados, porém, vários fatores que servem de “gatilhos” para essa dor.
        Esses fatores podem variar de pessoa para pessoa. O mais importante é conseguir identifica-los e criar, junto com o paciente, estratégias eficazes para interromper o ciclo da instalação da dor.
        O diagnóstico é feito exclusivamente por meio de dados clínicos, não dispondo de exames laboratoriais ou de imagem que demonstrem a doença.
        Os critérios para migrânea em crianças (até 15 anos), estabelecidos pela Sociedade Internacional de Cefaleia, são:

• Duração da crise de 2-48 horas.
• Dor bilateral mais frequente.
• Comum associação com sintomas gastrointestinais (náuseas e vômitos).
• Palidez frequente.
• Podem ocorrer fonofobia (sensibilidade a sons) e fotofobia (sensibilidade à luz).
• Geralmente pioram com a atividade física.

A cefaleia tensional

        A cefaleia tensional tende a ter a frequência de pelo menos 01 vez ao mês. A dor costuma ter intensidade de leve à moderada. É o tipo de dor em que o paciente tem a sensação de “peso” na cabeça e de localização bilateral. Não vem associada à fono e fotofobia, nem a vômitos e náuseas; também não piora com a realização de exercícios físicos.
        Situações de estresse emocional e de ansiedade podem ser gatilhos para este tipo de cefaleia. Em crianças, é comum observar o aumento de sua frequência no período escolar, especialmente nos períodos de provas, com melhora espontânea nas férias.

Quando a cefaleia é um sintoma preocupante?

        É comum os pais procurarem uma consulta médica por preocupação de que a dor seja manifestação de alguma doença neurológica grave, como tumores, aneurismas ou meningite. Geralmente, a cefaleia secundária a estes processos graves tem a característica de se apresentar de forma mais intensa e progressiva.
        A meningite pode ser acompanhada de outros sintomas como febre, vômitos e sonolência, rigidez de nuca... Entretanto, algumas meningites virais podem ter apresentação apenas com uma cefaleia muito intensa, de forma aguda, que leva dias para melhorar.
        Em caso de tumores do sistema nervoso central, geralmente a dor tem caráter progressivo, ou seja, ela vai se agravando com o tempo. Há a presença de despertares noturnos pela dor, além de outros sinais como vômitos e paralisia de nervos oculares, com estrabismo agudo e dificuldade visual. A dor é mais intensa pela manhã.
        Entretanto, vale frisar, que o despertar noturno por cefaleia também é uma queixa comum em pacientes com migrânea, sem necessariamente ser indício de hipertensão intracraniana.
        É importante que os pais estejam atentos aos sinais de alerta, listados a seguir e que, na dúvida, consultem um médico:
Sinais de alerta
• A primeira ou a pior cefaleia na vida do paciente.
• Cefaleias progressivas, com aumento da intensidade e da frequência, ou refratárias ao tratamento.
• Cefaleias associadas à alteração do exame neurológico.
• Cefaleias de esforço.
• Cefaleias após traumatismo de crânio.
• Cefaleia de início recente.